sábado, 9 de novembro de 2013

pastéis

Traze-me uns pastelzinhos.

 
Na presente página de dica de português, focalizamos um aspecto muito explorado em provas de concurso público e vestibular — o plural dos diminutivos em -zinho —, que é feito do seguinte modo:
A) leva-se o substantivo ao plural em seu grau normal: pastéis;
B) retira-se o s final: pastei;
C) acrescenta-se -zinhos, e pronto: pasteizinhos.
Outros exemplos:
pãezinhos
 limõezinhos
caracoizinhos
aneizinhos

A página atual de dica de português, depois da correção, tem sua frase inicial escrita assim:

Traze-me uns pasteizinhos.                                

O touro e o capataz

O touro investiu no capataz.                                

Nesta seção de dica de português, aborda-se a diferença de significado de um verbo, conforme a preposição que o acompanha. Veja, a seguir, os possíveis significados do verbo investir:
A. usado com a preposição em, significa empossar, aplicar dinheiro:
O presidente do tribunal investiu Márcio no cargo de analista.
Os corruptos investem em bolsas estrangeiras.


B. no sentido de atacar, é usado com as preposições contra ou sobre:
A onça investe contra (ou sobre) o caçador.
Depois de reescrita com correção, nossa frase de dica de português fica assim:

O touro investiu sobre (ou contra) o capataz.



A prova

Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolverem.                                
 
A presente frase de dica de português apresenta erro no uso do infinitivo. Não se flexiona o infinitivo que vem depois das expressões difíceis de, fáceis de, bons de, gostosos de etc. Exemplos:
Filmes difíceis de compreender.
As explicações da professora são fáceis de entender.
São trabalhos bons de realizar.
Bolos gostosos de saborear.

No presente tópico de dica de português, a frase estará correta, se assim for escrita:

Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolver.



Não fiz o dever de matemática?

Não fiz o dever de matemática.                                

Para muitas pessoas, há uma confusão muito grande, envolvendo os significados das palavras dever e deveres. Inicialmente, determinemos suas semânticas, conforme os bons dicionários:
        dever: obrigação;
        deveres: tarefas (sempre no plural).
O exemplo seguinte economiza muita explicação e esclarece a questão:
O dever de cada estudante é fazer seus deveres escolares.
Talvez, esta regrinha ajude a estabelecer com mais clareza a distinção:
        deveres (tarefas) se fazem;
        dever (obrigação) se cumpre.
Outros exemplos:
Ele cumpriu o dever de pai.
O dever de todo militar é servir o seu país.
Deixei de fazer os deveres de geografia.
Ela não dá conta de realizar os deveres domésticos. Precisa de uma empregada.


Neste segmento de dica de português, a frase original, corrigida, fica assim:

Não fiz os deveres de matemática.

                               



Começou nevar hoje cedo em Urubici ou Começou a nevar hoje cedo em Urubici?

 

Começou nevar hoje cedo em Urubici.                                

Certas notícias são dadas de modo negligente, sem nenhuma preocupação com as regras do idioma. O verbo começar forma locução com outro verbo, no infinitivo, por intermédio da preposição a. Exemplos:
Nice começou a chorar.
Naquela hora, Eliane começou a rir.
Começou a chover.

Eis a frase do topo corretamente escrita desta seção de dica de português:

Começou a nevar hoje cedo em Urubici.



Vou explicar nos mínimos detalhes ou Vou explicar em detalhes?

Vou explicar nos mínimos detalhes.                                

Veja, neste tópico de dica de português, como, às vezes, o excesso atrapalha.Há expressões, em nossa língua, classificadas como pleonasmos viciosos, que revelam a precariedade linguística de quem os escreve ou assim fala. Nesta dica de português, estamos diante de uma dessas excrescências. Pleonasmo é a repetição de palavras ou expressões de mesmo sentido. A expressão viciosa "nos mínimos detalhes" equivale a aberrações como "subir pra cima", descer pra baixo, chutar com os pés etc. Em detalhe já está contida a ideia de mínimo. Detalhe significa pormenor, minúcia, no mínimo. Se se pretendesse fazer a explicação em suas mínimas partes, seria suficiente fazê-la em detalhes, ou em seus pormenores, ou ainda em minúcias. Então, neste segmento de dica de português, escrevamos corretamente:

Vou explicar em detalhes.

ou

Vou explicar detalhadamente.



Gostaria de colocar minha opinião ou Gostaria de expor minha opinião?

Gostaria de colocar minha opinião.                                

 
Opiniões não se colocam, se expõem ou se dão. Há também quem gosta de, ao final de um discurso, fazer uma colocação em vez de fazer uma exposição, que é muito mais coerente e elegante. Nesta seção de dica de português, o correto seria escrever:

Gostaria de expor minha opinião.

Ou

Gostaria de dar minha opinião.

Agradecemos a preferência ou Agradecemos-lhes pela preferência?



Agradecemos a preferência.
                                

Neste segmento de dica de português, vamos aprender a agradecer em bom português. Muita gente boa agradece mal aos seus clientes por falta de conhecimento de transitividade verbal. O verbo agradecer, nessa construção, possui outra regência, que o transforma num transitivo indireto acompanhado de um adjunto adverbial de causa. Na frase errada, acima, o agradecimento é dirigido à causa (= a preferência) e não ao seu agente (= o cliente ou os clientes). Este tópico de dica de português diz que para agradecer, corretamente, deve-se escrever assim:



Agradecemos-lhes pela preferência.

Ou

Agradecemos aos nossos clientes pela preferência.





São os banqueiros que acabam lucrando ou É os banqueiros que acabam lucrando?

São os banqueiros que acabam lucrando.                                


Neste tópico de dica de português, a expressão é que não é genuinamente um verbo. Trata-se simplesmente de uma locução de realce, que a usamos, evidentemente, para dar destaque à ideia expressa na frase. Por tratar-se de um mero adorno frasal, essa locução é totalmente dispensável sem prejuízo para o sentido da oração. Exemplo:
É os banqueiros que acabam lucrando. = Os banqueiros acabam lucrando. (A igualdade é de significação, é lógico.) Mais exemplos: Só nós dois é que sabemos o quanto nos queremos bem. (Letra de canção portuguesa.)
Seria ridículo dizer: Só nós dois somos que sabemos o quanto nos queremos bem. A frase original pode ser escrita, sem nenhum prejuízo para a sua significação: Só nós dois sabemos o quanto nos queremos bem. É eles que representarão o presidente. Essa frase está correta. Estaria incorreta se fosse escrita assim: São eles que representarão o presidente. Se eliminarmos do contexto a expressão de realce é que, veremos que o sentido é o mesmo: Eles representarão o presidente. Muito cuidado! Nas questões de português, sobre concordância verbal, as organizadoras de concursos públicos costumam usar, de vez em quando, frases desse tipo, induzindo o concursando a considerá-las incorretas. Concluindo, nesta seção de dica de português, indicamos como escrita correta da frase do topo a seguinte construção:



É os banqueiros que acabam lucrando.



transtorno?

Desculpem o transtorno.                                

O verbo desculpar é transitivo direto e indireto, isto é, ele possui dois objetos: um direto e outro indireto. A ordem em que esses objetos figuram na oração é indiferente. Pode vir primeiro o objeto direto, depois o indireto, ou vice-versa. Trocando em miúdos, quem desculpa, desculpa alguém por alguma coisa. O objeto direto é sempre uma pessoa e o indireto é alguma coisa. Seria muito desagradável, neste caso, procurar o transtorno para desculpá-lo por alguma coisa que tenha feito de errado. Será que foi o transtorno quem escreveu essa frase? Nesta frase de dica de português, o correto seria escrever:

Desculpem-nos pelo transtorno.

em ou na?

Domingo passado estive em casa de um amigo.                           



Quando a palavra casa vier acompanhada de qualificador, é obrigatório o uso do artigo. Portanto, nesta frase de dica de português, tem-se como correta a grafia:



Domingo passado estive na casa de um amigo.

pôr é verbo significativo?

 
Verbos significativos, diferentemente dos verbos de ligação, são aqueles que têm significado próprio, sentido característico. Eles podem expressar ações, acontecimentos etc.
Neste contexto, “pôr” é sim um verbo significativo, pois apresenta as características anteriormente mencionadas.

Quando empregamos mais e mas em uma frase?


Mas - conjunção adversativa. Tem o mesmo valor de “porém”, “entretanto”, “todavia”.
Mais - advérbio de intensidade. É o antônimo de “menos”.
Para saber quando usá-los, basta substituir pelos termos a cima e ver qual mantém o sentido da frase.

Quando não devo usar vírgula antes de "mas"?


 
Sempre! Antes da conjunção adversativa, sempre se usa vírgula.

Quando devo usar vírgula antes de "e"?

                       
 
Deve-se usar a vírgula antes da conjunção “e” nos seguintes casos:
1) quando “e” estiver introduzindo uma oração com sujeito diferente da anterior.
Ex: Muitos fazem a prova, e poucos são aprovados.
2) quando “e” vier após um termo ou uma oração explicativa.
Ex: Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, e sua esposa Ruth formavam um casal de acadêmicos.

Então o "deveria" pode ser usado no lugar do "devia", mas o "devia" não pode ser usado no lugar de "deveria"?

                       
 
"Devia" às vezes é usado em diálogos informais no lugar de "deveria", mas, na norma culta, essa substituição não deve ser feita.

O que é SUJEITO ORACIONAL?

                       
Sujeito oracional ocorre quando há uma oração subordinada substantiva fazendo papel de sujeito.
Ex: Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.
Perceba que a oração “Praticar exercícios frequentemente” é sujeito do predicativo “é bom para saúde”.
Para identificar um sujeito oracional, basta substituir a oração por “isso”.
Ex: Isso é bom para saúde.
PS: O sujeito oracional equivale ao masculino singular. Logo, é preciso ter atenção com concordância.

O "afinal" no final de frase precisa ou não ser posterior a vírgula?

                       
Se o termo “afinal” aparecer no final da frase, não se usa vírgula.
Ex: Apesar de alguns erros, ele era um cara bom afinal.

a oração

A oração sem sujeito ocorre nos seguintes casos:
a) com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza
ex: Fez calor ontem a tarde.
b) com verbo haver no sentido de existir
ex:No carro, havia três mulheres.
c) Com os verbos fazer, haver e ir quando indicam tempo decorrido.
ex: Faz dois anos que me mudei para cá.
d) com verbo ser na indicação de tempo em geral.
ex: Era outono, quando a árvore floresceu.
Já a oração com sujeito indeterminado possui sim um sujeito, mas não podemos ou não queremos determiná-lo. O caso mais comum é com o uso da 3ª pessoa do plural.
Ex: Roubaram o carro.